A diplomacia se impõe: Trump e Lula conversam após crise comercial
Quase três meses após o tarifaço que abalou a relação entre Brasil e Estados Unidos, os presidentes Lula e Donald Trump tiveram sua primeira conversa direta. A videoconferência, que durou cerca de 30 minutos, marcou um passo crucial para desescalar a crise comercial entre os dois países, mantendo o foco em temas econômicos e evitando os pontos mais sensíveis da política interna.
Lula aproveitou o diálogo para pressionar pela revisão da sobretaxa de 40% imposta a produtos brasileiros e pela revogação das sanções contra autoridades do país. A resposta de Trump sinalizou o caminho que a negociação deve tomar: ele indicou Marco Rubio, seu Secretário de Estado e figura próxima à oposição brasileira, para conduzir as conversas com o Planalto.
A “química” de Trump e a cautela de Brasília
Horas após o telefonema, Trump deu um sinal positivo nas redes sociais, afirmando ter “gostado da conversa”, chamando Lula de “bom homem” e sinalizando a intenção de marcar um encontro presencial em breve, seja em Washington ou Brasília.
Para o Planalto, o diálogo serviu como um primeiro passo para reabrir o canal de negociação e reafirmar o discurso da soberania brasileira. No entanto, o governo mantém a cautela. A imprevisibilidade do temperamento de Trump e o fato de ter indicado Marco Rubio – um aliado de opositores como Eduardo Bolsonaro – para liderar as negociações, são motivos suficientes para que Brasília avalie cuidadosamente os próximos movimentos.



Publicar comentário