O governo britânico está testando um sistema que parece ter saído de um filme de ficção científica: usar inteligência artificial para prever quem tem chance de cometer um assassinato no futuro.

Chamado de “compartilhamento de dados para avaliação de risco”, o projeto cruza dados pessoais com algoritmos para identificar possíveis comportamentos violentos antes mesmo de acontecerem.

🧠 Como funciona?
A tecnologia analisa milhares de registros de pessoas que já passaram pelo radar das autoridades — seja como investigadas, acusadas ou até vítimas. Entre os dados considerados estão:

• Nome e etnia
• Histórico criminal
• Condições de saúde mental
• Casos de automutilação
• Relatos de abuso doméstico
• Primeira interação com a polícia

O objetivo declarado é mapear padrões que indiquem risco futuro de violência — e com isso, prevenir crimes graves como assassinatos.

⚠️ Críticas e polêmicas
Organizações de direitos civis, como a Statewatch, afirmam que o sistema pode reforçar preconceitos, principalmente contra minorias e populações vulneráveis. Para os críticos, essa tecnologia transforma vítimas em potenciais suspeitos e cria um sistema de vigilância que flerta com o autoritarismo.

📈 O mercado da vigilância
Apesar das preocupações, a aposta na tecnologia não para de crescer. O setor de inteligência artificial aplicada à segurança pública deve saltar de US$ 12 bilhões (2023) para quase US$ 100 bilhões até 2031, segundo previsões globais.