Os cursos de Engenharia, outrora altamente concorridos e com salas cheias, estão enfrentando um momento de queda na procura. Dados revelam que, nos últimos dez anos, o número de alunos matriculados caiu 23%, de quase 470 mil para 358 mil atualmente.

Esse declínio gera um efeito cascata: menos ingressantes resultam em menos profissionais formados, e o déficit no mercado de trabalho já é de 75 mil engenheiros.

Outro dado marcante é a mudança no formato de ensino. Em 2023, pela primeira vez, o número de ingressantes em cursos de Engenharia na modalidade a distância (EAD) superou o de alunos no formato presencial, refletindo uma transformação no perfil acadêmico brasileiro.

Enquanto isso, cursos como Pedagogia estão em alta, com um aumento de 10% na procura nos últimos anos, tornando-se uma escolha popular entre os universitários.

Crescimento geral no ensino superior: Apesar da queda em Engenharia, o Brasil registrou um crescimento no número total de universitários. São quase 10 milhões de estudantes matriculados em todos os períodos e áreas, sendo metade em cursos EAD.

Essa mudança de cenário levanta questões sobre as prioridades e perspectivas futuras para o mercado de Engenharia e o ensino superior no Brasil.