Seis anos depois, OMS admite: não sabe como a COVID começou
(Imagem: Fabrice Coffrini | AFP)
Seis anos, milhões de vidas perdidas e trilhões de dólares depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o relatório final sobre a origem da COVID-19 — e o documento termina com uma constatação frustrante: ninguém sabe ao certo como tudo começou.
🧪 A investigação, considerada a mais importante já feita sobre o tema, não conseguiu concluir se o vírus surgiu de um salto animal direto para humanos — possivelmente em um mercado de Wuhan — ou se teria vazado de um laboratório na mesma cidade, onde há estudos com ganho de função.
Apesar de anos de apelos, a OMS afirma que não teve acesso aos dados completos solicitados à China, o que impediu o avanço das investigações em qualquer direção definitiva.
🎭 Bastidores nebulosos
O relatório veio cercado de ruídos. Um dos especialistas deixou o grupo dias antes da publicação, e outros três pediram que seus nomes fossem retirados do documento. A debandada levantou dúvidas sobre a pressão nos bastidores e a transparência da pesquisa.
📌 O que se sabe até agora:
- Não há sinais de manipulação genética no vírus.
- Também não há evidências de que o SARS-CoV-2 estivesse circulando fora da China antes de dezembro de 2019.
- A OMS classificou a busca por respostas como um “imperativo moral” — algo que o mundo ainda deve às vítimas da pandemia.
📉 Zoom out
A COVID-19 deixou mais de 20 milhões de mortos no mundo e um rombo estimado em US$ 10 trilhões na economia global.
E mesmo depois de todo esse impacto, o ponto de partida do vírus continua envolto em incertezas.



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