Lula lidera a agenda climática na COP30, mas organização do evento gera dilemas

Lula lidera a agenda climática na COP30, mas organização do evento gera dilemas

O Brasil tenta se consolidar como referência mundial em sustentabilidade ao sediar a COP30 (Conferência do Clima das Nações Unidas) em Belém, de 10 a 21 de novembro. Chefes de Estado e autoridades globais se reuniram para a tradicional “foto de família” ao lado do presidente Lula, que busca assumir o protagonismo na agenda climática internacional.

A principal aposta do governo para este evento é o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, uma iniciativa ambiciosa que busca arrecadar até US$ 25 bilhões para recompensar países que preservam suas florestas. Até o momento, a iniciativa já atraiu investimentos na ordem de US$ 6 bilhões.


🚧 Logística, luxo e a ameaça de “flop”

Apesar do peso da agenda, a conferência já está cercada de polêmicas que ameaçam ofuscar o discurso ambiental.

  • Baixa Presença de Líderes: A COP30 registra uma das menores presenças de líderes mundiais desde 2019, com apenas 57 chefes de Estado e autoridades confirmados.
  • Problemas de Infraestrutura: Integrantes do evento têm criticado a organização por conta de obras inacabadas, banheiros sem água e falhas na conexão de internet na área da conferência.
  • Custo de Vida: O preço dos alimentos no local gerou duras críticas e forçou uma redução de 20% no valor, evidenciando problemas de custo em meio a um evento global.
  • Contradição Ambiental: A cúpula do governo Lula, sem hospedagens disponíveis, optou por se hospedar em iates movidos a diesel, um dos combustíveis mais poluentes, o que gerou críticas por ir contra o próprio discurso de sustentabilidade. O custo de um barco semelhante é estimado em R$ 450 mil.

O desafio central do governo agora é garantir que o evento transcenda os problemas logísticos e de imagem, transformando o discurso de preservação em ações concretas para evitar que a COP30 seja classificada como um flop diplomático.

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