Rio em guerra: Megaoperação contra o Comando Vermelho é a mais letal da história do estado
A cidade do Rio de Janeiro viveu um dia de intensa violência. Em uma operação que mobilizou 2.500 agentes nos complexos do Alemão e da Penha, as forças de segurança do estado realizaram a ofensiva mais letal da história, mirando o Comando Vermelho (CV). O resultado do confronto foi a morte de 64 pessoas (incluindo 4 policiais) e a prisão de 81 suspeitos — entre eles, o braço direito do líder do CV.
A reação dos criminosos demonstrou a escalada de poder das facções: houve intensa troca de tiros, barricadas foram incendiadas e foram lançadas bombas com drones, em cenas que a imprensa comparou a um “dia de Gaza” ou aos filmes de violência urbana. O CV, que atua em 25 estados, opera em um formato de joint venture, onde facções locais se unem para a compra de armas e drogas.
O caos urbano e o embate político
O impacto da megaoperação foi sentido por grande parte da população carioca. Escolas e universidades suspenderam aulas, comércios fecharam mais cedo devido a relatos de saques, e as ruas ficaram desertas a partir das 19h.
O confronto serviu para acirrar a disputa política às vésperas de um ano eleitoral:
- Oposição (Cláudio Castro): O governador Cláudio Castro (PL) criticou o governo federal, alegando que o Rio atua sozinho e que o presidente Lula negou três pedidos anteriores de ajuda das Forças Armadas.
- Governo Federal (Lula): O Ministério da Justiça rebateu, afirmando ter atendido a todos os 11 pedidos de renovação de apoio. Aliados de Lula veem na fala de Castro uma tentativa de transferir responsabilidades e politizar a crise da segurança pública.
A disputa no Rio serve de pano de fundo para a votação da PEC da Segurança Pública no Congresso, que sofre críticas de governadores de direita. Eles alegam que a proposta centraliza o controle na União, tirando a autonomia dos estados, o que, para eles, não ataca o problema da reincidência criminal. A segurança pública se consolida como a pauta mais quente para as eleições de 2026.
Gostaria que eu fizesse uma análise sobre as implicações desta operação na segurança pública e nas eleições de 2026?



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