A aparição de helicópteros militares dos Estados Unidos no Caribe, a menos de 150 km da costa venezuelana, acendeu um alerta geopolítico na América do Sul. As aeronaves pertencem aos “Night Stalkers” (Caçadores da Noite), uma unidade de elite do Exército americano, oficialmente conhecida como 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais (SOAR). Este grupo é especializado em missões secretas e de alta complexidade, tendo participado, em 2011, da operação que matou Osama Bin Laden.

O esquadrão é composto por helicópteros de ataque pesados, como o MH-60 Black Hawk e o MH-47 Chinook, e presta apoio ao Comando Sul das Forças Armadas americanas.

A tensão com Maduro e a estratégia dos EUA

A presença recente dos Night Stalkers no Caribe sugere que o foco das operações de elite dos EUA pode estar se deslocando para a América do Sul. O movimento ocorre em um contexto de escalada das tensões entre Washington e Caracas, com o governo de Donald Trump enquadrando o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, como um “narcoterrorista”.

• Justificativa para Ação: Segundo analistas, o discurso de “combate ao narcoterrorismo” pode ser uma estratégia para construir um caso jurídico e político que justifique futuras ações militares contra a Venezuela, já que as Forças Armadas dos EUA não atuam em segurança pública.
• Inteligência e Operações Letais: A imprensa americana relatou que o governo Trump autorizou operações secretas, possivelmente letais, da CIA na Venezuela. A presença dos Night Stalkers é vista como um sinal de que os norte-americanos podem estar planejando operações de forças especiais, incluindo a tentativa de capturar ou matar autoridades venezuelanas de alto escalão.

Em setembro, o governo Trump ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões pela prisão de Maduro e intensificou a presença naval no Caribe, alegando combater o tráfico de drogas. Os exercícios recentes com os helicópteros de elite reforçam a hipótese de uma possível operação por terra na Venezuela.