O colapso do símbolo nacional: Correios buscam R$ 20 bilhões após prejuízo histórico
Os Correios, por décadas o principal elo de integração do país, enfrentam a pior crise de sua história. A estatal, símbolo de conectividade nacional, acumulou 12 trimestres consecutivos de prejuízo e agora precisa de um empréstimo de R$ 20 bilhões para equilibrar suas contas. Somente no primeiro semestre deste ano, o déficit atingiu impressionantes R$ 4,36 bilhões.
O rombo financeiro é resultado de uma tempestade perfeita que atinge a companhia em diversas frentes:
As razões da derrocada financeira
- Explosão nos Custos de Pessoal: As despesas com pessoal aumentaram drasticamente, crescendo cerca de 30% (quase R$ 4 bilhões) em apenas dois anos.
- A “Taxa das Blusinhas” e a queda da receita: A imposição da taxação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 (Remessa Conforme) reduziu de forma drástica o volume de entregas de importações. Como consequência, o caixa da empresa despencou de R$ 3,2 bilhões em 2023 para apenas R$ 249 milhões em 2024.
- Digitalização: A digitalização da comunicação transformou a base histórica do negócio. Atualmente, cartas e documentos impressos representam apenas 14% do faturamento da estatal.
- Concorrência Avassaladora: O maior golpe veio do mercado. Empresas privadas, incluindo gigantes como Mercado Livre e Amazon, dominaram o mercado de encomendas e serviços de logística, relegando os Correios a um papel coadjuvante em seu próprio setor.
A crise dos Correios se tornou um ponto nevrálgico no debate político, com opositores apontando a culpa para o atual Governo Lula, enquanto a base governista argumenta que o problema é uma herança da gestão anterior. O fato é que a necessidade de um resgate bilionário coloca o futuro da estatal em uma encruzilhada.



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