Retaliação diplomática: EUA revogam visto de Gustavo Petro após fala pró-Palestina na ONU
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, intensificou o confronto diplomático com os Estados Unidos, e a resposta de Washington foi imediata. Após participar de um protesto pró-Palestina em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, Petro usou um megafone para pedir que soldados americanos “desobedecessem às ordens de Trump” e não “apontassem rifles para a humanidade”.
Horas depois da declaração, que foi classificada como “imprudente e incendiária”, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a revogação do visto americano de Petro. O presidente colombiano reagiu com ironia: “Não voltarei a ver o Pato Donald por enquanto. Não me importo. Sou um cidadão livre no mundo”.
Aposta dobrada e o confronto com a política americana
O incidente na ONU é o ápice de uma relação já deteriorada. Petro aproveitou o momento para dobrar a aposta, prometendo apresentar à ONU um projeto para criar um Exército de Salvação Mundial, maior que o dos EUA, com o objetivo de libertar a Palestina. Ele ainda sugeriu que a sede das Nações Unidas fosse transferida de Nova York para Doha, por considerar o local “mais democrático”.
A tensão não é nova. Petro já havia rompido relações com Israel em 2024, acusando o país de genocídio em Gaza. Além disso, Trump já havia retirado Bogotá da lista de aliados na guerra às drogas, em um movimento que Petro chamou de “cúmplice do genocídio”. O confronto entre Petro e Trump é um reflexo das profundas divergências sobre a política externa americana e a situação no Oriente Médio.



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