O presidente Donald Trump assinou uma medida que promete transformar a política de imigração dos Estados Unidos, criando uma via expressa para estrangeiros com alto poder aquisitivo. Com a novidade, batizada de “Gold Card”, qualquer cidadão que fizer uma doação de US$ 1 milhão para o governo americano — ou US$ 2 milhões via empresa — receberá um direito de residência em tempo recorde, após apenas uma verificação de antecedentes.

Segundo Trump, a iniciativa vai gerar “mais de US$ 100 bilhões rapidamente”, recursos que serão usados para reduzir impostos e abater a dívida pública. Além do “Gold Card”, o governo também acena com um futuro “Platinum Card”, no valor de US$ 5 milhões, que permitirá a estrangeiros passarem até 270 dias por ano nos EUA sem pagar impostos sobre a renda obtida fora do país.

Taxa para vistos H-1B e o cerco aos trabalhadores qualificados

A política migratória de Trump também se tornou mais rígida para profissionais altamente qualificados. O presidente impôs uma nova taxa de US$ 100 mil para a emissão de vistos H-1B, que são os vistos de alta qualificação. O objetivo declarado é incentivar as empresas a priorizar a contratação de americanos.

A medida impacta diretamente a indústria de tecnologia, especialmente o Vale do Silício, que depende fortemente desse tipo de visto para atrair talentos globais. Empresas como Amazon, Meta e Microsoft, que tiveram mais de 20 mil vistos H-1B aprovados em 2025, já estão aconselhando seus funcionários a não saírem dos EUA, em um claro sinal de que a nova política de imigração está mudando o jogo para a mão de obra qualificada no país.