Petróleo e geopolítica: A verdadeira preocupação de Trump com a Venezuela

Petróleo e geopolítica: A verdadeira preocupação de Trump com a Venezuela

A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela subiu de nível. Dois caças venezuelanos sobrevoaram um navio de guerra americano no Caribe, em uma clara “demonstração de força”. O ato é uma resposta à maior mobilização militar dos EUA na região desde a invasão do Panamá em 1989, com navios, aviões e mais de 4 mil soldados enviados por ordem do presidente Donald Trump.

Embora o argumento oficial do governo americano seja o combate ao narcotráfico e a figuras como Maduro, que seria um líder de um cartel de drogas, analistas questionam a narrativa. A preocupação real de Trump estaria em outro lugar: no subsolo venezuelano. A Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo, um recurso estratégico em tempos de energia cara. No entanto, cerca de 90% do petróleo do país é exportado diretamente para a China, o que desagrada os americanos.


A influência chinesa e o “quintal americano”

A Venezuela é muito mais do que um problema de “narcoterrorismo” para os EUA. O país se tornou um ponto estratégico na disputa geopolítica entre Washington e Pequim. Para Trump, enfraquecer o governo de Maduro também significa tentar reduzir a influência chinesa no que os americanos consideram seu “quintal”.

O envio de tropas e o aumento da tensão militar no Caribe mostram que, por trás do discurso de combate às drogas, existe um interesse econômico e político em redefinir as alianças na região. O objetivo é claro: garantir uma fatia do petróleo venezuelano e tentar frear o avanço da China na América Latina.

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