O julgamento histórico que pode definir o futuro político do Brasil

O julgamento histórico que pode definir o futuro político do Brasil

Amanhã, o Supremo Tribunal Federal (STF) abre um capítulo inédito na política brasileira. A Primeira Turma da Corte dará início à análise da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. O julgamento é visto como um divisor de águas, podendo resultar na primeira condenação de um ex-presidente por este crime na história do país.

O caso será conduzido pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A expectativa é que o julgamento, com sessões já agendadas, tenha um desfecho ainda neste mês.


Os ritos e os próximos passos do julgamento

A sessão terá início com o relatório de Moraes, que irá resumir as provas e acusações. Em seguida, o procurador-geral Paulo Gonet terá duas horas para defender a condenação dos réus. A fase seguinte será dedicada aos advogados de defesa, começando pelo delator Mauro Cid, seguido pelos demais réus, que terão até uma hora cada para suas sustentações.

Após as sustentações, Moraes apresentará seu voto, que será acompanhado pelos demais ministros. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os oito acusados formavam o “núcleo crucial” da trama golpista. Bolsonaro é apontado como o líder e principal beneficiário do plano, que previa impedir a posse do presidente Lula. As penas possíveis incluem organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.


O futuro em jogo e o dilema de Tarcísio

Ainda que haja uma condenação, as prisões só serão realizadas após o trânsito em julgado, quando todos os recursos dentro do STF forem esgotados. Enquanto a justiça avança sobre o passado, o futuro já se move. Um dos nomes mais fortes para concorrer à presidência em 2026, Tarcísio de Freitas, já acenou com uma promessa: caso seja eleito, seu primeiro ato seria o indulto a Bolsonaro, adicionando uma camada extra de drama e incerteza a um cenário político já instável.

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