Crise no governo Milei: Novos áudios aprofundam escândalo de corrupção

Crise no governo Milei: Novos áudios aprofundam escândalo de corrupção

O governo de Javier Milei, que prometeu uma revolução ética na política, enfrenta uma de suas maiores crises. Novos áudios de Diego Spagnuolo, o ex-diretor da Agência Nacional de Deficiência, aprofundam as denúncias de corrupção e citam nomes do círculo mais próximo do presidente, incluindo sua irmã e braço-direito, Karina Milei.

Nos arquivos, Spagnuolo detalha um esquema de cobrança de até 8% sobre contratos de medicamentos para a rede pública. Ele afirma que Karina ficava com cerca de 3% e que o total desviado chegava a US$ 800 mil por mês. O ex-diretor, demitido na semana passada, alega ter alertado Milei sobre os desvios e acusa os aliados do presidente de “roubarem todo mundo”. Em um dos áudios mais comprometedores, Spagnuolo diz ter “todos os WhatsApps de Karina”.


CPI à vista e o jogo político em Buenos Aires

Mesmo sem a confirmação oficial da veracidade das gravações, o escândalo já reverberou no Parlamento Argentino. A oposição, vendo uma oportunidade de desgaste, já discute a abertura de uma CPI para investigar o caso. A crise chega a duas semanas das eleições para o governo da província de Buenos Aires e a dois meses das legislativas, um momento crucial para o governo de Milei.

O presidente, por sua vez, tenta virar o jogo contra o denunciante, chamando Spagnuolo de “mentiroso” e prometendo processá-lo. O escândalo, no entanto, coloca o governo em uma posição delicada, expondo a contradição entre o discurso anticorrupção e as acusações que agora pesam sobre seu círculo mais íntimo.

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