Paz em xeque: Israel condiciona retirada do Líbano ao desarmamento do Hezbollah
A complexa teia de tensões no Oriente Médio ganhou um novo e delicado nó. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que o país está disposto a apoiar os esforços do Líbano para desarmar o Hezbollah. Em troca, Israel reduziria gradualmente sua presença militar em território libanês, em um movimento coordenado com os Estados Unidos.
A promessa de retirada militar, no entanto, é a ponta de um iceberg político. O Líbano aprovou recentemente uma proposta americana para o desarmamento do grupo até o fim do ano, mas o Hezbollah resiste. A milícia, que atua como um estado dentro do estado, insiste que não vai entregar suas armas sem a retirada total e incondicional das Forças de Defesa de Israel.
Para Tel Aviv, a iniciativa é uma oportunidade de restaurar a autoridade das instituições libanesas. Já para Beirute, a reconstrução e a ajuda internacional dependem diretamente da decisão do Hezbollah de abrir mão de seu poder militar. O dilema é claro: a estabilização do Líbano está refém do braço-de-ferro entre o governo central, a poderosa milícia e o vizinho israelense.
Tensão em Gaza: Ataque a hospital mata jornalistas
Enquanto a diplomacia tenta avançar no Líbano, a violência não dá trégua em outras frentes. Um ataque israelense a um hospital no sul da Faixa de Gaza deixou 20 mortos, incluindo cinco jornalistas de agências de notícias como a Reuters e a Associated Press. A tragédia ressalta a escalada do conflito e o alto custo humano da guerra, que atinge não apenas combatentes, mas também civis e profissionais da imprensa.



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