Imposto de renda: Câmara aprova urgência e isenção pode chegar a 10 milhões
Uma das principais promessas de campanha do governo Lula ganhou fôlego no Congresso. Em uma votação relâmpago, a Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o pedido de urgência para o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. O sinal verde, com apoio de todos os partidos, do PT ao PL, permite que o texto vá direto para o plenário, sem passar por comissões.
Se aprovada, a proposta vai ampliar o benefício para cerca de 10 milhões de trabalhadores que hoje pagam imposto sobre a renda. Atualmente, a isenção atinge apenas aqueles que recebem até R$ 3.036,00. Além disso, o projeto prevê um desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7,3 mil.
A conta do governo e a tributação de super-ricos
A mudança terá um impacto significativo nas finanças públicas. Apenas em 2026, a isenção deve custar R$ 25,8 bilhões aos cofres do governo. No entanto, o texto já prevê uma solução para compensar a perda, com a criação de uma alíquota progressiva de até 10% sobre lucros e dividendos acima de R$ 600 mil anuais.
A estratégia do governo, que combina isenção para a classe média e um novo tributo para os “super-ricos”, busca fechar a conta. O relatório prevê que a medida gere um lucro de R$ 12,7 bilhões até 2027, valor que será usado para reduzir a alíquota da nova Contribuição sobre Bens e Serviços, prevista na Reforma Tributária. A proposta é um movimento para equilibrar as contas, ao mesmo tempo em que o governo cumpre uma de suas mais importantes promessas.



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