Cerco à oposição: O FBI mira em John Bolton em nova fase de investigação
A batalha política nos Estados Unidos acaba de ganhar um novo e intrigante capítulo. Agentes do FBI realizaram buscas na casa de John Bolton em Maryland e em seu escritório em Washington, como parte de uma investigação sobre o manuseio de documentos confidenciais.1 O movimento é um novo marco no histórico embate entre o ex-presidente Donald Trump e seu ex-conselheiro de Segurança Nacional, que se tornou um de seus mais duros críticos.
Embora Bolton não tenha sido detido ou acusado de qualquer crime, a operação levanta uma série de questões. Para muitos, a ação é vista como um novo episódio na guerra política que Trump tem travado contra adversários e ex-aliados que se voltaram contra ele.
A guerra de narrativas e o livro-bomba
A tensão entre os dois remonta ao período em que Bolton serviu no primeiro mandato de Trump. Sua saída, após apenas 17 meses, foi resultado de inúmeros atritos sobre política externa, especialmente em relação a Coreia do Norte e Irã.
O rompimento total, no entanto, veio com o lançamento do livro de Bolton, “The Room Where It Happened”, uma obra que pintou um retrato brutal de Trump, retratando-o como um líder mal informado e obcecado por conspirações. Bolton alegou que Trump condicionou a ajuda militar à Ucrânia à abertura de investigações sobre seus rivais políticos, uma das acusações mais graves do livro.2 Trump, por sua vez, reagiu chamando o ex-assessor de “louco” e “guerreiro”.
A crítica de Bolton não parou com o livro. Nos últimos dias, ele tem sido uma voz ativa contra a diplomacia de Trump na guerra na Ucrânia, afirmando que o presidente está sendo “trabalhado” por Putin. Essa oposição contínua adiciona um peso político às buscas do FBI, transformando-as em um novo episódio de uma rivalidade que está longe de acabar.



Publicar comentário