Israel avança com assentamentos e inviabiliza a paz com a Palestina

Israel avança com assentamentos e inviabiliza a paz com a Palestina

Em um movimento que pode selar o destino de um futuro Estado palestino, o governo de Benjamin Netanyahu deu sinal verde para a construção de um controverso plano de assentamentos conhecido como E1. A decisão, que vinha sendo adiada por mais de duas décadas por pressão internacional, recebeu o aval final do Ministério da Defesa de Israel.

O projeto prevê a construção de 3,4 mil apartamentos entre Jerusalém e o assentamento de Maale Adumim. A obra, no entanto, é muito mais do que um avanço imobiliário. Ela criaria uma barreira territorial que dividiria a Cisjordânia ao meio, isolando Jerusalém Oriental. Para os palestinos, essa região é a futura capital de seu Estado, e a construção, na prática, inviabilizaria a solução de dois Estados.


O racha diplomático e o isolamento de Israel

A decisão de Israel ocorre em um momento de crescente tensão diplomática. A França, a Austrália, o Canadá e Portugal anunciaram que, no próximo mês, irão reconhecer oficialmente a Palestina. O movimento, que se junta a mais de 140 países, representa uma pressão global sobre Israel para que retome as negociações de paz e interrompa a expansão de seus assentamentos.

A aprovação do projeto E1 é vista como um “golpe final” na possibilidade de um acordo de paz duradouro e reforça o isolamento diplomático de Israel. O avanço do plano, em meio ao crescente reconhecimento internacional da Palestina, mostra que o governo de Netanyahu está disposto a seguir sua própria agenda, mesmo com o risco de inviabilizar a criação de um Estado palestino.

Publicar comentário