Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro realizaram neste domingo (3) manifestações em várias cidades do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Belo Horizonte. Os atos, convocados por aliados do ex-mandatário, destacaram pedidos de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 e críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Em São Paulo, o protesto na Avenida Paulista reuniu cerca de 37,6 mil pessoas, segundo levantamento do Cebrap e da ONG More in Common, três vezes mais que a última manifestação pró-Bolsonaro na cidade. Organizado pelo líder religioso Silas Malafaia, o ato contou com faixas pedindo anistia e críticas ao STF, além da participação do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

No Rio de Janeiro, a manifestação ocorreu na Praia de Copacabana e teve participação do senador Flávio Bolsonaro, que interagiu com o público por telefone com o pai, impedido de comparecer pessoalmente devido a medidas cautelares impostas por Moraes, incluindo uso de tornozeleira eletrônica. O governador Cláudio Castro (PL) também discursou durante o ato.

Em Salvador, os manifestantes ocuparam a orla da Barra com trio elétrico, pedindo anistia para os acusados de envolvimento no ataque de 8 de janeiro e apoio do governo dos Estados Unidos. Em Fortaleza, a concentração ocorreu na Praça Portugal, com carreata e motociata, e faixas com críticas a Lula e Moraes, além de bandeiras do Brasil, Israel e Estados Unidos.

Outras capitais, como Recife, Manaus, Brasília, Campo Grande, Aracaju, Porto Alegre, Belo Horizonte e Belém, também registraram atos similares, com participação de políticos aliados de Bolsonaro, incluindo deputados federais e estaduais do Partido Liberal (PL). Em muitas cidades, bandeiras dos EUA foram exibidas pelos manifestantes, reforçando o apoio ao ex-presidente americano Donald Trump.

Nos atos, os participantes enfatizaram críticas ao governo federal e ao STF, com pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes e apoio a anistias para os condenados nos processos relacionados à tentativa de golpe de Estado.

Os protestos refletem a mobilização crescente de apoiadores de Bolsonaro em diferentes regiões do país, mesmo sem a presença física do ex-presidente devido às restrições judiciais.