Dívida pública do Brasil ultrapassa R$ 9,4 trilhões e preocupa mercados
A dívida pública brasileira voltou a registrar alta e atingiu R$ 9,4 trilhões em junho de 2025, representando 76,6% do Produto Interno Bruto (PIB). A dívida líquida, que desconta os ativos do governo, também cresceu e alcançou 62,9% do PIB, maior patamar desde o início das medições históricas.
Economistas alertam que o crescimento da dívida sinaliza pressão fiscal significativa, e projeções indicam que a relação dívida/PIB pode chegar a 82% até o fim de 2026, caso não haja ajustes estruturais nas contas públicas.
O aumento foi impulsionado, principalmente, pelo déficit previdenciário, que somou R$ 44,3 bilhões em junho. Apesar da arrecadação líquida recorde de R$ 169 bilhões, as despesas atingiram R$ 213,3 bilhões, evidenciando desequilíbrios persistentes no orçamento federal.
Especialistas destacam que o serviço da dívida consome parcela expressiva dos recursos públicos, equivalendo a 6,3% do PIB, enquanto áreas essenciais, como educação, receberam 4,2% do PIB, reforçando a necessidade de medidas de contenção de gastos.
Apesar do cenário fiscal desafiador, o mercado de trabalho apresenta sinais positivos: a taxa de desemprego caiu para 5,8% no segundo trimestre, atingindo o menor nível da série histórica, o que corresponde a 6,3 milhões de pessoas desocupadas. Por outro lado, a inadimplência permanece elevada, com quase 78 milhões de brasileiros com dívidas pendentes, em média R$ 6.128 por pessoa, apontando fragilidades no consumo e na estabilidade econômica.
Analistas alertam que o aumento contínuo da dívida, aliado a déficits estruturais e elevada inadimplência, exige atenção do governo para equilibrar receitas e despesas, mantendo a confiança de investidores e a sustentabilidade fiscal do país.



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