Exportações do Brasil para a China têm maior retração desde 2014
As vendas do Brasil para a China registraram a maior queda em uma década no primeiro semestre de 2025. De janeiro a junho, as exportações somaram US$ 47,7 bilhões, uma redução de 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado — o menor patamar desde 2014.
O principal motivo da queda foi a desvalorização das commodities, como soja e petróleo, que compõem grande parte da pauta exportadora brasileira. Além disso, a China vem acelerando uma estratégia de diversificação de fornecedores, intensificada com o agravamento das tensões comerciais com os Estados Unidos.
Na direção oposta, as importações brasileiras de produtos chineses cresceram 22% no semestre, atingindo níveis recordes. O avanço foi puxado, sobretudo, pela entrada de carros híbridos, que sozinhos movimentaram US$ 1,38 bilhão, e pela disparada na compra de laminados planos de aço, que cresceram 318%.
Apesar de o Brasil ainda manter superávit na balança comercial com a China, o desequilíbrio nas trocas comerciais preocupa o setor produtivo. Especialistas alertam que, caso o protecionismo americano siga moldando as decisões estratégicas de Pequim, o espaço brasileiro no mercado chinês pode encolher ainda mais.



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