Alta nos usados do ‘‘Minha Casa, Minha Vida’’ acende alerta no setor imobiliário
O Minha Casa, Minha Vida está mudando de cara — e o novo perfil do programa começa a gerar desconforto entre as construtoras. Em 2024, o programa habitacional bateu recorde na compra de imóveis usados, com 155 mil unidades financiadas — o equivalente a 27% de todos os contratos com recursos do FGTS.
📉 O que preocupa?
Para o setor da construção civil, a expansão dos usados pode desidratar a principal fonte de crescimento do segmento. O raciocínio é direto: imóvel novo gera emprego, ativa a cadeia produtiva e retroalimenta o FGTS — que é justamente quem banca o programa.
Hoje, o Minha Casa, Minha Vida é o pulmão do mercado imobiliário brasileiro. Só no primeiro trimestre de 2025, metade de todas as vendas e lançamentos de imóveis novos teve algum incentivo do programa.
💸 O apelo continua forte:
Com juros entre 4% e 8,16% ao ano, o MCMV oferece taxas muito abaixo da média de mercado, que gira em torno de 12% — puxada pela Selic a 15%.
👀 E o futuro?
De olho na classe média, o governo Lula estuda lançar novas linhas de crédito para imóveis de até R$ 1,5 milhão. A ideia é liberar recursos da poupança e apostar em contratos corrigidos pelo IPCA, com foco em ampliar o acesso sem pressionar o FGTS.
🔎 Bottom-line: A mudança amplia o leque para o comprador, mas pressiona o setor que depende da construção de novas unidades. A disputa entre novos e usados, dentro de um programa pensado para construir, promete esquentar os próximos meses.



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