Trégua entre Israel e Irã encerra conflito e derruba preço do petróleo
Agora é oficial: Israel e Irã confirmaram o fim da guerra no Oriente Médio, encerrando um conflito que durou 12 dias e deixou pelo menos 610 mortos no Irã e 28 em Israel. A trégua veio um dia após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou nas redes sociais que os dois países haviam chegado a um acordo de cessar-fogo total.
A guerra foi marcada por ataques diretos entre as nações — algo inédito até então — e representou um novo patamar de tensão na região. O fim do conflito representa, ao menos por ora, um alívio para os mercados globais e para a estabilidade regional.
Cada lado reivindica vitória
Do lado israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o desfecho como uma “vitória histórica” e afirmou que, embora o conflito direto com o Irã tenha sido encerrado, a campanha militar contra o eixo Irã-Hamas continuará na Faixa de Gaza.
No Irã, o presidente Masoud Pezeshkian também celebrou o resultado, chamando-o de uma “grande vitória” para Teerã. Segundo ele, a guerra foi imposta pela “postura aventureira de Israel”, e a resistência iraniana mostrou força suficiente para garantir o respeito internacional.
Mercado reage com alívio
O impacto da trégua foi imediato no mercado global de energia. O barril de petróleo tipo Brent caiu mais de 5% e encerrou o dia cotado abaixo de US$ 67, mesmo após uma leve recuperação nas negociações estendidas.
Durante os momentos mais tensos do conflito, o preço do petróleo havia disparado, chegando a US$ 81 o barril, impulsionado pelo temor de que o Irã bloqueasse o Estreito de Ormuz — responsável pelo escoamento de cerca de 20% do petróleo comercializado no mundo.
Com o risco geopolítico aparentemente contido, o petróleo voltou a ser negociado abaixo do valor pré-guerra, refletindo fundamentos como estoques globais e a demanda chinesa, que segue enfraquecida.



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