(Imagem: Getty Images)

Um tweet que pode entrar para os livros de história. Na noite de ontem, o presidente americano Donald Trump anunciou que Israel e Irã chegaram a um acordo de cessar-fogo total, com expectativa de pôr fim ao conflito que já se arrasta há 12 dias.

Segundo Trump, o cessar-fogo deverá ser implementado dentro de 24 horas e poderá servir como base para um acordo de paz permanente.

Ainda que o chanceler iraniano tenha negado oficialmente o acordo, a mídia estatal do Irã confirmou o cessar-fogo, mas fez questão de dizer que a trégua foi “imposta ao inimigo”, reforçando o discurso interno de vitória após o ataque simbólico realizado contra uma base americana no Catar.

Importante: o ataque iraniano teve caráter mais político do que militar. Antes de lançar os mísseis, Teerã avisou antecipadamente tanto os EUA quanto o governo do Catar — minimizando danos e sinalizando abertura para encerrar o conflito.

Do lado israelense, o governo de Benjamin Netanyahu ainda não fez declarações públicas. No entanto, fontes militares confirmaram que os sistemas de defesa do país seguem em alerta máximo durante o prazo de 24 horas estipulado para o cessar-fogo.

Apesar do anúncio, a tensão persiste. Horas após a declaração de Trump, o sul de Israel voltou a ser alvo de mísseis iranianos — um ataque que deixou três mortos na cidade de Beer Sheva.

Mesmo com esse cenário, diplomatas ao redor do mundo veem o anúncio de ontem como o movimento mais concreto para, enfim, encerrar a guerra.