Em meio à intensificação do conflito entre Israel e Irã, que já chega ao seu oitavo dia, Europa e Estados Unidos adotam estratégias distintas — mas complementares — para tentar evitar que a guerra se transforme em uma crise global.

Nesta quarta-feira (18), líderes da Grã-Bretanha, França, Alemanha e União Europeia se reúnem em Genebra com o ministro das Relações Exteriores do Irã. Esta será a primeira conversa formal entre o bloco europeu e Teerã desde o início dos ataques israelenses às instalações nucleares iranianas.

O principal objetivo da missão diplomática europeia é conter a escalada militar e buscar uma negociação que leve o Irã a reverter seu programa nuclear — cuja expansão acelerada foi um dos estopins do atual conflito.

Pressão americana e ameaça de ataque

Enquanto os europeus tentam abrir um canal de diálogo, os Estados Unidos mantêm uma postura mais dura. A Casa Branca confirmou que o presidente Donald Trump decidiu dar mais duas semanas para a via diplomática, antes de tomar uma decisão sobre uma possível ofensiva militar direta contra o Irã.

“O presidente quer dar espaço para a diplomacia, mas exige que o Irã renda-se incondicionalmente e abandone seu programa nuclear”, afirmou a porta-voz da Casa Branca em comunicado oficial.

Nos bastidores, o governo americano tem reforçado sua presença militar na região: dois grupos de porta-aviões e três destróieres já operam no Mediterrâneo e no Mar Arábico, como forma de pressão e prontidão caso um ataque seja autorizado.

Diplomacia ou guerra?

A leitura em Washington é que ainda há margem para um acordo — mas, se a diplomacia falhar, Trump parece disposto a autorizar ataques a alvos estratégicos no Irã.

Enquanto isso, o Irã segue resistindo às exigências americanas e mantém seu programa nuclear ativo. A decisão final sobre o rumo do conflito pode depender da escolha que Teerã fará nas próximas semanas.