A Polícia Federal (PF) revelou a existência de um esquema criminoso comandado por militares, com atuação direta em espionagem e assassinatos sob encomenda. Um dos principais alvos da investigação é o coronel da reserva Etevaldo Caçadini, preso e apontado como líder do grupo.

Durante buscas, os agentes encontraram uma tabela manuscrita com valores para eliminar autoridades. Os preços variavam conforme o cargo da vítima:

• Ministros do STF: R$ 250 mil
• Senadores: R$ 150 mil
• Deputados: R$ 100 mil
• Pessoas comuns: R$ 50 mil

O grupo usava drones, prostitutas e outras estratégias para vigiar e identificar os alvos. Entre os monitorados estaria o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, embora ainda não esteja claro se ele foi de fato espionado ou apenas listado como “alvo de interesse”.

Segundo a PF, os envolvidos operavam uma empresa de segurança privada de fachada, chamada “Comando C4: Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”, usada para disfarçar as atividades ilegais.

A investigação teve início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em 2023, que levou à descoberta de um possível esquema de venda de sentenças judiciais com conexões com o STJ.

Agora, o caso está sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, que já autorizou novas prisões, buscas e monitoramento eletrônico. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também foi acionado e poderá aprofundar investigações sobre corrupção no Judiciário.