Europa e Argentina endurecem regras para imigração e cidadania

Europa e Argentina endurecem regras para imigração e cidadania

Governos da Itália, Reino Unido, Portugal e Argentina anunciam medidas que dificultam obtenção de vistos, residência e naturalização.

O cenário global para quem deseja imigrar está ficando mais restritivo. Em uma semana marcada por anúncios simultâneos, Itália, Reino Unido, Portugal e Argentina endureceram regras para entrada, permanência e obtenção de cidadania. A justificativa comum é o combate a supostos abusos nos sistemas de imigração.

Na Itália, apenas filhos e netos diretos de italianos continuarão tendo direito à cidadania — excluindo descendentes mais distantes, o que representa um corte significativo nos pedidos por origem ancestral.

O Reino Unido elevou o tempo mínimo de residência exigido e reduziu benefícios a estudantes e trabalhadores estrangeiros, dificultando a permanência legal no país.

Já Portugal anunciou intenção de ampliar o prazo para naturalização de cinco para dez anos, tornando o processo mais demorado e seletivo.

Na Argentina, o presidente Javier Milei adotou medidas ainda mais rígidas: estrangeiros com antecedentes criminais estão impedidos de entrar no país, e agora é exigido seguro saúde para a entrada no território nacional.

Comunidades brasileiras

Segundo dados recentes, há cerca de 100 mil brasileiros vivendo atualmente na Argentina — número semelhante ao do Reino Unido. Já na Itália, a estimativa gira em torno de 150 mil, enquanto Portugal abriga a maior comunidade brasileira fora do país, com mais de 400 mil pessoas.

Cenário global

Dados atualizados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que o número de migrantes internacionais chegou a 304 milhões em 2024, representando cerca de 3,8% da população mundial.

O movimento recente sinaliza uma inflexão nas políticas migratórias de países que antes se mostravam mais abertos. Com o aumento de conflitos e tensões sociais, a tendência parece ser de maior restrição à entrada de estrangeiros, mesmo em nações tradicionalmente receptivas.

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