Virgínia depõe na CPI das Bets e nega irregularidades

Virgínia depõe na CPI das Bets e nega irregularidades

A influenciadora Virgínia Fonseca prestou depoimento à CPI das Bets nesta terça-feira (13), no Senado. Convocada como testemunha, ela foi questionada sobre contratos com casas de apostas e o possível incentivo ao jogo entre seus seguidores, incluindo menores de idade.

Veja os principais pontos:

  1. Motivo da convocação
    Virgínia foi chamada por ter promovido plataformas de apostas online. A CPI investiga se influenciadores incentivaram o público a apostar de forma irresponsável, o que pode afetar especialmente jovens e pessoas vulneráveis.
  2. Contrato com cláusula polêmica
    A influenciadora afirmou que seu contrato com a empresa Esportes da Sorte não incluía a chamada “cláusula da desgraça” — em que o influenciador ganharia com as perdas dos apostadores. Disse ainda que seu cachê era fixo, com possibilidade de aumento apenas se o lucro da empresa dobrasse, o que nunca teria ocorrido.
  3. Alerta aos seguidores
    Virgínia declarou que sempre alertou seu público sobre os riscos das apostas, respeitando as regras do Conar. Segundo ela, o conteúdo publicitário avisava sobre a proibição para menores de idade e incentivava o jogo responsável.
  4. Uso de contas fornecidas pelas empresas
    Ela explicou que as apostas mostradas nos vídeos eram feitas em contas fornecidas pelas plataformas, não em sua conta pessoal. Garantiu, no entanto, que o aplicativo era o mesmo usado pelos seguidores.
  5. Arrependimento e futuro das parcerias
    A influenciadora disse que não se arrepende do que fez, mas vai refletir sobre a continuidade das parcerias com casas de apostas. Também afirmou que não tem como ajudar financeiramente seguidores que se endividaram com o jogo.

Ao final, Virgínia entregou à CPI documentos sobre contratos com as empresas Esportes da Sorte e Blaze. O material será analisado sob sigilo. A comissão seguirá ouvindo outros influenciadores e representantes do setor.

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