A rivalidade histórica mais perigosa do sul da Ásia voltou a esquentar. Tropas da Índia e do Paquistão trocaram tiros nos últimos dias ao longo da Linha de Controle, a fronteira militarizada que corta a disputada região da Caxemira.

Tudo começou após um ataque armado que deixou 26 turistas indianos mortos na parte da Caxemira controlada pela Índia. Embora o Paquistão tenha negado qualquer envolvimento, a resposta indiana foi dura e imediata.

🇮🇳 Ação da Índia
O governo indiano suspendeu um tratado crucial que regula o fluxo dos rios que nascem no Himalaia e abastecem o Paquistão — privando o país de cerca de 80% da sua necessidade de água. Trata-se de uma escalada grave, já que a água é vital para a agricultura e a economia paquistanesa.

🇵🇰 Resposta do Paquistão
Islamabad reagiu impondo sanções diplomáticas, suspendendo o comércio bilateral e fechando seu espaço aéreo para aviões indianos. Além disso, ameaça abandonar o Acordo de Simla — tratado assinado em 1972 para evitar novas guerras entre as duas nações.

Muito mais que uma disputa local

A Caxemira é uma ferida aberta desde 1947, quando o Império Britânico foi dividido em Índia e Paquistão. Desde então, os dois países, ambos de maioria religiosa diferente (hindu para a Índia e muçulmana para o Paquistão), reivindicam a posse integral da região.

Apesar de controlarem áreas diferentes, a maioria da população local é muçulmana, o que aproxima parte dos caxemires de Islamabad.

O problema? Índia e Paquistão são potências nucleares. Qualquer escalada militar entre eles é vista como um risco global — e dificilmente ficaria restrita apenas ao sul da Ásia.

👀 O olhar atento da China
A situação fica ainda mais delicada porque a China, aliada histórica do Paquistão e também interessada em partes da Caxemira, está de olho em cada movimento.
Enquanto isso, a Índia vem fortalecendo seus laços com os 🇺🇸 Estados Unidos, aumentando a tensão no tabuleiro geopolítico asiático.