Após oito dias de greve de fome, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) anunciou nesta quinta-feira (17) o fim do protesto iniciado contra o avanço do processo que pode cassar seu mandato. A decisão veio após um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que garantiu um prazo de 60 dias para defesa antes da votação em plenário.

💬 “Após a deliberação da CCJ, não submeteremos o caso ao Plenário antes de 60 dias, para garantir o pleno direito de defesa do deputado”, afirmou Motta.

📌 O contexto: Glauber protestava contra o que chamou de perseguição política, após o Conselho de Ética aprovar a continuidade de um processo que pode levá-lo à cassação, sob acusação de agressão a um militante do MBL. O deputado nega e aponta parcialidade na condução do caso.

Durante o protesto, ele permaneceu nas dependências da Câmara e se alimentou apenas com água, soro e isotônicos. Parlamentares como Sâmia Bomfim (sua companheira) e Lindbergh Farias articularam o acordo que levou à suspensão do jejum.

🧾 E agora?

• O PSOL prepara recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), alegando vícios no processo e suspeição do relator.
• Caso o recurso seja rejeitado, o caso seguirá para o plenário da Câmara, onde são necessários 257 votos para a cassação do mandato.
• Glauber prometeu seguir na luta contra o “Orçamento Secreto”, a impunidade no caso Marielle e o que classifica como “poderes oligárquicos” no Congresso.

📣 “Estamos suspendendo a greve, mas não a luta”, declarou o deputado.