Decisão judicial impede fechamento da agência de ajuda humanitária dos EUA, em meio a polêmica sobre influência de Elon Musk no governo

A tentativa do governo americano de fechar a USAID (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional) sofreu um duro golpe. Um juiz federal decidiu que a medida, impulsionada pelo Departamento de Operações Governamentais e Econômicas (DOGE), liderado por Elon Musk, viola a Constituição dos Estados Unidos.

O plano de Trump e Musk

Em fevereiro, a administração de Donald Trump anunciou a suspensão das atividades da USAID por 90 dias, alegando corte de gastos e desvio de foco da agência. Segundo o governo, a organização passou a financiar causas ideológicas em vez de se concentrar exclusivamente em missões humanitárias.

A decisão gerou forte repercussão dentro e fora dos EUA, pois a USAID é responsável por projetos de assistência em diversos países, incluindo programas de combate à fome, apoio a refugiados e desenvolvimento econômico.

Justiça entra em cena

A reviravolta veio após ex-funcionários da USAID e opositores do DOGE entrarem com ações judiciais, argumentando que Musk estaria exercendo influência política sem ter sido eleito ou aprovado pelo Senado. O juiz responsável pelo caso acatou o pedido e bloqueou a dissolução da agência.

A decisão tem impactos diretos na política externa americana, já que o corte de recursos afetaria projetos humanitários estratégicos e prejudicaria alianças internacionais.

O que esperar agora?

Até o momento, a Casa Branca e Elon Musk não se pronunciaram sobre o bloqueio. No entanto, congressistas e organizações humanitárias pressionam para que o financiamento da USAID seja completamente restabelecido.

A disputa sobre o futuro da agência promete esquentar ainda mais o cenário político dos EUA, com repercussões que vão muito além das fronteiras do país.