Putin e Trump avançam em negociações: Rússia suspende ataques à Ucrânia por 30 dias, mas exige concessões para cessar-fogo total

Putin e Trump avançam em negociações: Rússia suspende ataques à Ucrânia por 30 dias, mas exige concessões para cessar-fogo total

As negociações para um possível cessar-fogo na Guerra da Ucrânia ganharam um novo capítulo nesta terça-feira (18), após uma conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo Vladimir Putin. O Kremlin aceitou interromper ataques contra a infraestrutura energética da Ucrânia por um período de 30 dias, mas impôs condições rígidas para um cessar-fogo definitivo.

Entre as exigências russas, destacam-se:

✔️ Interrupção total da ajuda militar e de inteligência ocidental a Kiev;
✔️ Paralisação do recrutamento militar forçado na Ucrânia;
✔️ Suspensão do rearmamento das Forças Armadas Ucranianas.

A Ucrânia aceitou a trégua parcial, embora o governo do presidente Volodymyr Zelensky tenha demonstrado desconfiança sobre as intenções russas. O acordo ainda não tem data definida para entrar em vigor.


O que foi discutido entre Trump e Putin?

A conversa entre os líderes durou quase duas horas e foi classificada por Trump como “muito boa e produtiva”. Apesar do avanço, ainda não há um consenso para o fim definitivo do conflito.

📌 Troca de prisioneiros: Como parte do acordo inicial, ambos os lados concordaram em trocar 175 prisioneiros de guerra e a Rússia se comprometeu a entregar 23 combatentes gravemente feridos à Ucrânia.

📌 Futuras negociações: O diálogo entre os países deve continuar, e Putin propôs até mesmo um evento esportivo incomum no meio da guerra: partidas de hóquei entre seleções da Rússia e dos Estados Unidos como um gesto diplomático.

📌 Pressão sobre Kiev: Trump afirmou que a Ucrânia está em grandes dificuldades no campo de batalha e insinuou que a recente suspensão da ajuda militar americana influenciou Zelensky a aceitar a trégua temporária.


Putin quer dividir terras da Ucrânia?

Um dos pontos mais delicados da negociação envolve a divisão territorial da Ucrânia. Trump sugeriu que “certos ativos” ucranianos poderiam ser divididos, incluindo usinas estratégicas.

Um dos principais alvos dessa negociação é a Usina Nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa. O controle dessa instalação tem sido um ponto de conflito desde os primeiros meses da guerra, e sua inclusão no debate sugere que Putin pode estar tentando consolidar a presença russa no território ucraniano.

Além disso, o Kremlin mantém a exigência de que a Ucrânia permaneça fora da Otan, além da redução de sanções impostas pelo Ocidente e a realização de eleições presidenciais em território ucraniano.


Europa desconfia da Rússia

Enquanto Trump busca consolidar um acordo, líderes europeus demonstram ceticismo. A União Europeia considera que as exigências russas indicam que Moscou não tem real interesse em encerrar a guerra, mas sim em prolongá-la sob novas condições.

🇬🇧 O Reino Unido já anunciou que há países europeus dispostos a enviar tropas de paz para a Ucrânia, caso um acordo definitivo seja alcançado. No entanto, a Rússia já declarou que não aceitará forças estrangeiras em solo ucraniano enquanto o conflito não for totalmente resolvido.


O que esperar agora?

As próximas semanas serão decisivas para a guerra. Se a trégua de 30 dias for implementada com sucesso, isso pode abrir caminho para um cessar-fogo mais amplo. No entanto, os desafios ainda são enormes:

➡️ O Ocidente aceitará interromper o envio de armas à Ucrânia?
➡️ A Rússia vai realmente suspender as hostilidades ou usará o tempo para se rearmar?
➡️ Zelensky cederá em questões territoriais para garantir a paz?

A Guerra da Ucrânia continua sendo um dos conflitos mais complexos do cenário internacional, e cada movimentação pode mudar os rumos da geopolítica global.

Publicar comentário