Belém sente os impactos da COP30: Preços exorbitantes e desmatamento preocupam
A menos de oito meses para a COP30, a maior conferência climática do mundo já está transformando Belém — e não necessariamente para melhor. O evento, que promete trazer líderes globais para discutir o futuro ambiental do planeta, está provocando uma explosão nos preços imobiliários da capital paraense, afetando moradores e levantando questões sobre os impactos econômicos e sociais da conferência.
Boom imobiliário e valores surreais
Com uma demanda esperada de 50 mil visitantes e apenas 18 mil leitos hoteleiros disponíveis, a conta não fecha. O resultado? Um verdadeiro surto especulativo:
- 🛏️ Diárias que antes custavam algumas centenas de reais agora passam de R$ 80 mil;
- 🏡 Aluguéis em bairros nobres chegando a R$ 2 milhões pelos 10 dias de evento;
- 💰 No bairro Batista Campos, um imóvel de 1 quarto e 1 banheiro viralizou por estar anunciado a R$ 1,2 milhão no Booking.
A disparada nos preços também está afetando os moradores. Muitos proprietários estão cancelando contratos de aluguel de longo prazo para lucrar com a conferência, reduzindo ainda mais a oferta de moradia e tornando os valores ainda mais proibitivos.
Infraestrutura: progresso ou retrocesso ambiental?
Enquanto os preços sobem na cidade, o meio ambiente também paga um alto preço.
Mais de 13 km de florestas foram desmatados para abrir caminho a uma nova rodovia de quatro faixas, projetada para melhorar o acesso a Belém durante o evento. A obra corta áreas protegidas da Amazônia e gerou repercussão internacional após ser exposta pela BBC.
Ambientalistas alertam que essa iniciativa contradiz o próprio objetivo da COP30, que deveria priorizar soluções sustentáveis para o planeta, e não acelerar a destruição da floresta.
A questão que fica é: será que a COP30 trará mudanças reais para o meio ambiente ou será apenas um evento de alto custo para Belém e sua população? O tempo dirá.



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