Zerar imposto de importação vai realmente baixar os preços? Veja o que muda no seu bolso
Na última semana, o governo anunciou a isenção de impostos de importação para nove produtos essenciais, incluindo carne e café, com a promessa de aliviar o bolso do consumidor. Mas será que essa medida realmente vai fazer diferença no supermercado?
O impacto real: depende do produto
A resposta não é tão simples. O efeito da redução de impostos varia conforme a dependência do Brasil em relação às importações. Em produtos onde a produção nacional já domina o mercado, a mudança deve ser praticamente imperceptível. Mas em outros casos, como o trigo, a isenção pode aliviar os preços.
📌 Carnes bovinas – O impacto deve ser mínimo. O Brasil importou apenas 40 milhões de kg no ano passado, enquanto exportou 2,9 milhões de toneladas. Ou seja, a maior parte da carne consumida aqui já é produzida internamente.
📌 Café – Praticamente irrelevante. O Brasil é o maior produtor de café do mundo, e o consumo interno é quase todo abastecido pela produção nacional.
📌 Pão e farinha – Aqui, a isenção pode fazer diferença. O trigo, principal insumo para a produção de pão e massas, é fortemente importado de países como a Argentina. Isso pode gerar um leve alívio no preço final para o consumidor.
Na prática, os produtos importados, que geralmente são mais caros e considerados premium, podem ficar mais acessíveis. Quer experimentar um corte de carne argentino, um café asiático ou um pão francês autêntico? Agora pode ser um pouco mais barato.
Mais polêmica: ICMS na cesta básica
Enquanto o governo federal tenta conter a inflação zerando impostos de importação, outra discussão tomou conta da política: a isenção do ICMS sobre alimentos essenciais.
Deputados do PT enviaram um ofício ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pedindo a redução do imposto estadual sobre a cesta básica. Mas a resposta veio rápida: Tarcísio postou um vídeo afirmando que itens como arroz, feijão, farinha de trigo e frutas já são isentos de ICMS em SP.
💭 A questão agora é: zerar impostos realmente resolve o problema da inflação ou essa é apenas uma medida paliativa? A redução de preços chegará de fato ao consumidor ou será absorvida pelos intermediários?
O tempo (e o caixa do supermercado) dirá.



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