A Síria, já devastada por anos de guerra civil, mergulhou em um novo pesadelo. Nos últimos três dias, mais de 1.000 pessoas foram massacradas em uma onda de violência sectária que ameaça transformar o país em um campo de extermínio religioso.

O que está acontecendo?

Desde a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro de 2024, a Síria enfrenta um vácuo de poder que abriu caminho para conflitos ainda mais sangrentos. O alvo principal agora são cristãos e alauítas, uma minoria ligada ao antigo governo e historicamente perseguida por extremistas sunitas.

Milícias fundamentalistas, com apoio de forças de segurança do novo governo interino, têm conduzido ataques sistemáticos contra essas populações, tratando-as como inimigos da fé. Vilarejos inteiros foram queimados, execuções em massa foram registradas, e milhares de civis tentam fugir para regiões montanhosas ou até mesmo para bases russas.

Por que isso importa?

A violência não é apenas política. É uma guerra religiosa, com raízes profundas no histórico conflito entre sunitas e xiitas. Os alauítas, uma ramificação do xiismo, governaram a Síria por décadas sob Assad. Agora, grupos radicais sunitas veem essa comunidade como inimiga e traidora da fé islâmica.

O mundo reage, mas sem força

O massacre repercutiu globalmente, levando EUA e Rússia a convocarem uma reunião emergencial na ONU. A França condenou os ataques, enquanto organizações humanitárias alertam para um possível genocídio em curso.

Apesar das pressões internacionais, o governo sírio interino mantém um silêncio perturbador. O medo é que essa nova escalada da guerra transforme a Síria em um novo Iraque pós-Saddam, onde milícias sectárias travam batalhas intermináveis.

O que vem a seguir?

A Síria está à beira de um colapso total, e a questão não é mais se haverá um novo banho de sangue — ele já começou. A grande incógnita agora é: o mundo conseguirá evitar uma tragédia ainda maior, ou assistiremos de longe ao nascimento de mais uma catástrofe humanitária no Oriente Médio?

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