Líderes europeus reforçam compromisso com defesa e propõem paz através da força para proteger a Ucrânia

Líderes europeus reforçam compromisso com defesa e propõem paz através da força para proteger a Ucrânia

Neste domingo (2), em Londres, líderes europeus se reuniram para discutir o futuro da segurança da Europa e o apoio à Ucrânia no contexto da guerra contra a Rússia. Durante a cúpula, foi consenso entre os participantes a necessidade de rearmar os países do continente e aumentar os investimentos em defesa como forma de garantir a soberania europeia e a estabilidade regional.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enfatizou a urgência de uma maior alocação de recursos para as forças armadas dos Estados-membros, destacando que a Europa precisa estar preparada para se defender sem depender exclusivamente dos Estados Unidos. “Após um longo período de subinvestimento, agora é essencial elevar os gastos militares de maneira sustentada para fortalecer a segurança do continente”, afirmou.

O encontro ocorre em meio às recentes tensões diplomáticas entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que levantaram incertezas sobre o futuro da colaboração americana com a Ucrânia. Trump tem pressionado os membros da OTAN a aumentarem os gastos em defesa para pelo menos 3% do PIB, além de sugerir que os Estados Unidos poderiam reduzir sua influência como garantidores da segurança europeia, o que gerou preocupação entre os aliados.

Diante desse cenário, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, destacou a necessidade de formação de uma “coalizão dos dispostos”, composta por países europeus que estejam preparados para assumir maior responsabilidade na segurança da região. Segundo ele, a paz só será alcançada por meio de uma posição de força que desestimule qualquer avanço militar russo.

A cúpula também abordou a possibilidade de um acordo de cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia. Starmer anunciou que o Reino Unido, a França e a Ucrânia estão trabalhando em conjunto para elaborar um plano de pacificação que será apresentado aos Estados Unidos. “Nosso objetivo é encontrar um caminho para a paz que assegure a soberania e segurança da Ucrânia, e garantir que a Europa esteja preparada para enfrentar qualquer desafio futuro”, declarou o premiê britânico.

O compromisso europeu com a defesa também foi reforçado pelo novo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, que declarou que os países da aliança estão dispostos a intensificar seus esforços para garantir a segurança coletiva. “O momento exige ação concreta. Estamos unidos na convicção de que apenas com força e determinação poderemos assegurar a paz duradoura para a Europa e para a Ucrânia”, afirmou.

Entre os participantes da reunião, estiveram líderes de países-chave como França, Alemanha, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, República Tcheca, Romênia, Suécia e Turquia, além do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

Os próximos passos envolvem a consolidação de um plano de defesa integrado entre os países europeus, visando reduzir a dependência externa e fortalecer as capacidades militares da região. A mensagem da cúpula foi clara: a segurança da Europa passa por um compromisso inabalável com a sua própria defesa.

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