📈 Após quase uma década de quedas consecutivas, a taxa de natalidade na Coreia do Sul finalmente apresentou uma leve recuperação. O país, que possui a menor taxa de fertilidade do mundo, registrou um aumento de 0,72 para 0,75 filhos por mulher em 2024. Ainda que modesto, o crescimento acende um debate sobre os impactos das políticas governamentais e as perspectivas para o futuro da população sul-coreana.

📌 O que está acontecendo?

A Coreia do Sul é o único país da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com uma taxa de fertilidade abaixo de 1, o que significa que cada mulher sul-coreana tem, em média, apenas 0,75 filho ao longo da vida. Para que a população se mantenha estável, esse índice precisaria ser de 2, o que ainda está muito distante da realidade do país.

Diante desse cenário preocupante e do rápido envelhecimento populacional, o governo sul-coreano tem investido em incentivos para estimular casamentos e a decisão de ter filhos. E os resultados começam a aparecer: em 2024, os registros de casamento cresceram 14,9% – o maior aumento desde 1970.

🔍 Por que isso importa?

Na cultura sul-coreana, o casamento e a chegada dos filhos costumam estar diretamente relacionados, com um intervalo médio de um a dois anos entre uma etapa e outra. Assim, o aumento expressivo no número de casamentos pode ser um indicador de que, nos próximos anos, a taxa de natalidade continue a subir.

Contudo, o país ainda enfrenta desafios significativos. Mesmo com essa recuperação inicial, o número de mortes segue superando o de nascimentos pelo quinto ano consecutivo, o que mantém a população em queda.

🔬 Tirando o zoom: o futuro da população sul-coreana

A população da Coreia do Sul atingiu seu pico de 51,83 milhões em 2020, mas projeções oficiais apontam que esse número pode despencar para 36,22 milhões até 2072, caso a tendência de baixa fertilidade continue.

Apesar do leve avanço na taxa de natalidade, especialistas alertam que medidas mais profundas precisam ser implementadas para evitar um declínio populacional irreversível. Reformas no mercado de trabalho, maior suporte financeiro para famílias e políticas de equilíbrio entre vida profissional e pessoal são algumas das mudanças apontadas como essenciais para transformar essa tendência em uma recuperação real e sustentável.

O aumento da natalidade em 2024 é um primeiro passo, mas será suficiente para reverter a crise demográfica sul-coreana? O futuro dirá.