Crime Organizado Tem Prejuízo Recorde de R$ 5,6 Bilhões em 2024, Afirma Lewandowski
O crime organizado no Brasil sofreu um prejuízo histórico de R$ 5,6 bilhões em 2024, um aumento de 70% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados pela Polícia Federal (PF). A informação foi apresentada nesta quarta-feira (29/1) pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante uma entrevista coletiva no Palácio da Justiça.
O balanço revela que as ações da PF tiveram impacto significativo na descapitalização de facções criminosas, apreendendo bens de alto valor, como aeronaves, joias, propriedades e dinheiro em espécie. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, destacou que foram cumpridos mais de dois mil mandados de busca e apreensão e realizadas mais de mil prisões ao longo do ano.
Crime Organizado Fatura Mais Com Combustíveis do Que Com Drogas
Apesar das operações bem-sucedidas, um estudo aponta que o crime organizado segue expandindo suas fontes de receita, faturando aproximadamente R$ 348 bilhões em 2024. Desse total, 42% (cerca de R$ 150 bilhões) vieram da venda ilegal de produtos como ouro, bebidas, cigarros e combustíveis.
O mercado de combustíveis e lubrificantes se destacou como a maior fonte de lucro, gerando R$ 61,5 bilhões em receita – um valor quatro vezes maior do que o obtido com o tráfico de cocaína, que movimentou cerca de R$ 15 bilhões. Esse dado reforça a necessidade de ampliar o combate não apenas ao tráfico de drogas, mas também às redes de lavagem de dinheiro e corrupção que alimentam essas atividades.
Furtos de Celulares e Crimes Virtuais: Outra Fonte Bilionária
Um dos setores de maior crescimento dentro do crime organizado são os crimes digitais e furtos de celulares. Somente entre julho de 2023 e julho de 2024, essas atividades geraram uma receita criminosa de R$ 186 bilhões. Esse número evidencia a sofisticação crescente dos grupos criminosos, que exploram fraudes bancárias, golpes online e invasões de contas para maximizar seus ganhos.
Embora o governo tenha conseguido infligir perdas significativas ao crime organizado, o prejuízo de R$ 5,6 bilhões representa menos de 2% do faturamento total dessas organizações, evidenciando o desafio de enfraquecer essas redes de forma mais expressiva. Ainda assim, a alta de 70% nas perdas impostas às facções é considerada um avanço pelas autoridades.



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